Sobre o acolhimento e adaptação das crianças da educação infantil

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Começo de ano letivo sempre traz expectativas para professores, famílias e crianças. Na Educação infantil, esse é um momento marcante não somente para quem está chegando na escola pela primeira vez, mas para quem já é veterano e está de volta também!

Por isso é preciso um planejamento que tenha como intencionalidade pedagógica desenvolver na criança a vontade de permanecer na escola, estimular o brincar, fazer novos amigos e socializar com os adultos, conhecer e explorar espaços e assim, construir vínculos afetivos com as educadores.

O ponto de partida para a adaptação na educação infantil dos bebês e crianças de 0 a 2 anos é que essa chegada seja organizada em tempos, espaços e materiais bem pensados. O tempo de permanência das crianças na instituição começa curto e vai aumentando assim que os pequenos estiverem se sentindo bem, quando o choro diminui,  as famílias podem ir se ausentando, sem dramas. Para os maiores, 3, 4 e 5 anos, costuma ser mais tranquilo para quem já frequenta a escola, mesmo vivenciando um espaço novo, professora nova e novos colegas, mas devemos sempre pensar também naqueles que relutam em separar-se dos pais, em permanecer nos espaços e em vivenciar o novo. O choro das crianças pode revelar esses e outros anseios que aparecem com a entrada na escola. Por isso, é importante cuidar e acolher.

Em seu livro “Diário do acolhimento na escola da Infância“,  Staccioli nos diz que “a criança que vem à escola tem o direito de encontrar atitudes e ambientes acolhedores. E, em nosso caso, isso significa também a organização do espaço e do tempo para ela se movimentar e viver as primeiras experiências culturais e sociais.  As funções dos cantos, das paredes, do jardim e os momentos de atividade e de descanso tornam-se, em seu conjunto, orientações que levam a uma nova metodologia: a do sorriso e do acolhimento.”

Ambientar os espaços com desafios e possibilidades de diferentes interações, organizar cantos com materiais naturais, montar cabaninhas, mesas com massinhas, brinquedos de construir ou empilhar, bonecos, carrinhos e outros objetos de interesse das crianças, enfim, são muitas possibilidades e o professor deve variar e também relançar o que funcionou, proporcionar momentos diversos de acolhimento utilizando espaços, objetos e brincadeiras.

Uma boa conversa com os responsáveis pela criança antes desse momento pode ajudar o educador a conhecer um pouco sobre a criança e suas rotinas e contribuir muito para o sucesso do seu planejamento. As crianças e suas famílias devem ser acolhidas e cuidadas. Um(a) professor(a) sensível sabe que nesse momento, tudo é novo, é um mundo inédito que se abre com novas crianças, adultos até então desconhecidos, novos espaços e tempos. Receber com um sorriso e demonstrar interesse pela criança já é um bom começo. E construir espaços organizados com materiais pensados para brincar, explorar e interagir são fundamentais.

Muitas vezes, o choro constante das crianças e a ansiedade dos pais parecem não ter fim! Mas com um bom planejamento, ambientes desafiadores e disponibilidade afetiva tudo isso logo vai ser substituído por momentos de alegria e muita aprendizagem, acredite!

Acredite principalmente em você, Professor(a) da Infância!

#Vem que eu te ajudo!