Neurociências, currículo e aprendizagem

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A pesquisadora Elvira Souza Lima traz grandes contribuições para as discussões no campo das neurociências e educação infantil. Em suas diversas publicações podemos destacar a importância das descobertas sobre funcionamento cerebral, aprendizagem e desenvolvimento infantil, saberes essenciais para a formação docente e para pensar um currículo para a infância.

Hoje, compreende-se a criança em toda sua potencialidade, como um sujeito de direitos, envolvido no processo de construção de sentidos para o mundo, desde bebê. Sabe-se disso porque há pesquisadores capazes de realizar estudos do bebê enquanto ele está no útero materno. Então, como pensar num currículo que possibilite desenvolvimento integral desse sujeito?

Atualmente devemos considerar que as contribuições das Neurociências, Antropologia, Sociologia, Psicologia da Infância, entre outras áreas para a Pedagogia, implicam em ruptura de diversos preconceitos e mitos sobre a aprendizagem e desenvolvimento infantil. São muitos os desafios que permeiam as discussões sobre um currículo ideal para a infância atual por isso, é importante levar em consideração todas as contribuições dessas diferentes áreas de conhecimento. E entender o currículo como um desenho cultural, como um contexto que se cria, para dali, extrair práticas e construir sentidos.

Sendo assim, um currículo para a infância deve considerar a potencialidade da criança e a importância da função simbólica no desenvolvimento e nas aprendizagens, trazendo novas formas de se pensar tempo e espaço, experiências e criação de memórias culturais.

Partindo desse ponto de vista, constatamos no documento que traz essas referências, a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, uma nova forma de entender, repensar e construir um currículo para a infância, apoiado em Campos de Experiências. Vamos estudar e entender mais sobre isso?

Acredito que devemos nos apropriar desse debate, conversando nas instituições, conversando com colegas professores e assim podemos contribuir para o aquecimento das discussões sobre concepções e práticas pedagógicas na infância.

É uma oportunidade de elevar os profissionais, as práticas da educação infantil e gerar as tão esperadas mudanças que desejamos nesse segmento. Os Campos de Experiência podem ser esse movimento disruptivo que tanto se almeja na escola. Estou animada com as possibilidades que se abrem e por isso, escrevo: essa conversa está só começando…

 

 

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