Previsões para o seu ano letivo

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Todo início de ano vem a previsão: esse será um ano de mudanças!

Com início de ano letivo também acontece. Somos tomados por aquela euforia de iniciar nova etapa, escola nova, turma nova, outra série ou mesmo outra disciplina e, nesse rompante de emoções, são imaginados muitos planos, a vontade de fazer tudo diferente, de tentar algo novo, mudar… Ah, e como faz bem dar vazão a esses desejos de mudança!

Porém, o que percebo, em minha trajetória como professora, é que esse ímpeto de fazer algo novo impulsiona a ação docente durante um tempo e vai sumindo no decorrer do ano, sendo camuflado pelo cotidiano previsível e mecânico de muitas escolas. Mas por que isso acontece? Por que não conseguimos a tão sonhada mudança educativa?

Para início de conversa, ofereço um desafio, o mesmo que vivi tempos atrás, para quem deseja realizar essa previsão de início de ano letivo, topa? Quem está incomodado, tem meio caminho andado!

A insatisfação deve nos levar a refletir o que está errado e, a partir daí, pensar sobre o que é possível mudar… Será que é sobre organizar o espaço da sala de aula? Organizar o grupo? É sobre provocar desafios cognitivos? Como trabalhar com projetos? Como construir uma documentação pedagógica com os alunos? Realizar ações diferenciadas para adaptação dos estudantes iniciantes na escola? Como começar diferente?

Uma coisa é certa: inclua os alunos em suas propostas educativas.

Escute-os. Dê voz e ouvidos a eles, independentemente da idade que tenham. Esse não é um discurso novo, muito menos simplista. Muito tem sido dito sobre o protagonismo infantil (juvenil, também!). E acredito que essa postura deva ser enfatizada, uma vez que, nela, a criança é vista, ouvida e acolhida integralmente, como sujeito que interpreta o mundo e nele atua.

Esse é meu desafio para os professores que estão incomodados, querendo mudar e cumprir a previsão: vamos observar nossos alunos, escutar suas perguntas, suas hipóteses e trabalhar a partir dessas questões. Compartilhar o trabalho com eles e deixar que conduzam o processo, participem do planejamento e façam escolhas pode ser transformador. E, para dar um primeiro passo: pare, olhe, escute!

Registre, reflita, provoque.

Texto originalmente publicado em www.http://redeprofessorestransformadores.strikingly.com